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Acompanhe o que rolou no terceiro dia da NRF 2012

Seguimos te deixando atualizado sobre tudo o que acontece nesta semana, em Nova York (EUA), na NRF 2012 (National Retail Federation), maior evento anual focado no universo do Varejo. Entre as 30 mil pessoas presentes no encontro estão muitos brasileiros, empreendedores de todos os tipos, que integram a maior e mais qualificada delegação internacional.

A Praxis Education consultoria especializada no universo de Franquias tem na NRF a presença dos sócios Adir Ribeiro, Mauricio Galhardo, Luis Gustavo Imperatore, autores do livro Gestão Estratégica do Franchising, lançado pela DVS Editora.

Eles apresentam aqui um resumo do que foi apresentado no terceiro dia do evento.

3º Dia – NRF 2012 – Mais informação para refletirmos sobre onde estamos e como podemos evoluir

A NRF deve ser encarada como um evento de inspiração para empresários e participantes e não de angústia ou, de certa forma, desprezo em função das diferenças de mercado.

Reforçamos a importância do trinômio: Tecnologia + Talentos + Ambiente de Loja – em várias palestras o assunto aparece de alguma forma, mas com o objetivo final de gerar uma experiência de consumo agradável para o consumidor.

A loja tratada como 3rd place, conceito criado pela Starbucks (primeiro lugar é a casa, segundo o trabalho e o terceiro é o Starbucks), que vem sendo (agora) trabalhado pelas empresas para gerar um ambiente mais agradável.

Abrimos essa news perguntando: Sabe a conversa do mercado nesse último ano, sobre o apagão mão de obra no Brasil? De necessidade de mobilização e capacitação dos colaboradores? Ela não muda. A palestra “Conscious Capitalism” (Capitalismo Consciente) reforçou o quanto é importante fortalecer valores da sua empresa junto ao seu time para fazer o discurso acontecer na ponta. É aquele “to do” (para fazer) que deve ser grifado no seu caderninho e que deve estar entre os seus alvos para perseguir esse ano.

CONSCIOUS CAPITALISM por WALTER ROBB – WHOLE FOODS MARKET, JON SOKOLOFF – LEONARD GREEN & PARTNERS e KIP TINDELL – THE CONTAINER STORE

  • A visão do capitalismo consciente deve mudar a forma como se faz negócios.
  • Orientação para valores que vão além da geração de lucros (sem eliminá-los, claro!), como sustentabilidade e respeito aos interesses de todos os stakeholders* do negócio.

Em resumo:

1-      Propósito superior – as empresas precisam ter um propósito muito superior ao ganhar dinheiro e conquistar mercado.

2-      Orientação as partes interessadas – envolver todos nesse propósito de maneira alinhada, sejam fornecedores, parceiros, etc.

3-      Líderes conscientes – envolver as pessoas do time e principalmente as lideranças.

4-      Cultura da empresa consciente – todas essas ações ajudam a forjar uma cultura consicente em todos os participantes do processo.

Houve também a apresentação da visão de um capitalista investidor nesse painel onde ficou claro que as empresas conscientes geram resultados no mínimo 9 vezes maiores que as demais empresas por uma série de motivos.

A interação dos consumidores através da internet é  assunto recorrente e a seguir recortamos um pouco de tudo o que vimos nessa terça-feira repleta de informações do mundo digital para que você possa analisar sobre o que e como capturar essas iniciativas para o seu negócio.

DESIGNING WITH THE TABLET CONSUMER IN MIND por STEPHEN BURKE – RESOURCE INTERACTIVE – agência de desenvolvimento de software e conteúdos para mídias digitais, atua desde a década de 1980 e teve a Apple como primeira cliente.

  • Apresentou pesquisas sobre o uso de tablets que conclui que eles têm sido cada vez mais usados para compras online.
  • Devido a seu formato é possível desenhar lojas virtuais com maior amplitude de ofertas.
  • 70% dos usuários de tablets afirmam que o lugar preferido para fazer compras é o sofá de casa ou a cama.
  • Foram citados como destaque em lojas e práticas de e-commerce para tablets as marcas Anthropologie e Ralph Lauren.
  • A Sherwin-Willians (tintas) foi citada como case de uso de tablets para o comércio B2B, permitindo o emprego de conteúdos dinâmicos e redução de custos de vendas da indústria para os varejistas.

      Queremos fazer um parênteses sobre a Ralph Lauren. A apresentação de David Lauren foi excelente e inspiradora! As estratégias de ampliação dos seus publicos-alvo (incluindo as crianças), de interação do consumidor com a marca, capacitação da equipe comercial para entrega da promessa e entendimento das tecnologia e integração da empresa com o mundo digital agregando valor e sofisticação, atributos fundamentais da marca demonstraram o que é trabalhar marketing 360º graus.

        A marca Ralph Lauren está na web há 10 anos e ainda se considera aprendiz. E temos que dizer: Que aprendiz! Pois estão conseguindo apresentar o luxo de maneira muito alinhada a proposta da marca.  Apresentou, ainda,  cases de sucesso de campanhas como uma ação feita em Londres em 4D. 

THE FUTURE SHOPPER – HOW OFFLINE IS THE NEW ONLINE por BRYAN EISENBERG da EINSENBERG HOLDING

  • A ideia defendida foi de que os consumidores que ainda não fizeram a opção por usar canais de e-commerce no varejo vão fazê-lo em algum momento ou as tecnologias vão englobá-los neste mundo de uma forma ou de outra.
  • Uma questão colocada para discussão foi: mais propaganda OU uma melhor experiência de compra para os seus clientes?
  • Aconselhou o varejista a pensar o conceito multi-canais.
  • Citou um case da Tesco na Coréia do Sul (rede de supermercados de origem inglesa)

o   A Tesco tem painéis digitais em locais públicos como estações de metrô, os clientes podem ler ou scanear os produtos que querem com os seus dispositivos móveis, como o iPhone, fazer o pedido ou a compra pelo próprio dispositivo, e receber o que comprou pouco depois de chegar em casa.

  • Encerrou compartilhando a visão sobre a geração das crianças e pré-adolescentes de hoje para o futuro como consumidores

o   São conscientes do poder que as tecnologias lhe proporcionam e vão ser mais exigentes do que qualquer outra geração.

Palestra sobre pesquisa junto aos consumidores da Best Buy – pesquisa feita mensalmente para um grupo de clientes *(uma comunidade na web, com critérios claros de participação) sobre seus hábitos de compra, sobre seus anseios e angústias entre outros assuntos (clientes que compram no mínimo 3 x ao ano nas lojas) e que geram informações consistentes para a corporação pensar suas campanhas e ações de marketing.

Essa última apresentação colocou todo mundo para pensar! Num mundo onde centralizar a gestão de TI e de tudo mais o que pudermos numa empresa o arrojo e resultados foram atingidos justamente pela descentralização. Ainda é recente, mas é curioso demais.

Case GUITAR CENTER – Aproveitando o poder das lojas para conquistar novos compradores

por STEPHEN ZAPF e KIRIT SARVAIYA, GUITAR CENTER

  • Case bastante interessante sobre a luta de um varejista de lojas físicas para entrar no e-commerce e não perder mercado para os novos concorrentes já nascidos no e-commerce.
  • Guitar Center investiu nos canais de e-commerce, seguiu toda a cartilha das boas práticas de vendas online, e mesmo assim continuou perdendo vendas para lojas virtuais que surgem em grande número e oferecem preços baixos.
  • Estratégia da Guitar Center para virar este jogo foi de usar os seus melhores ativos como diferenciais do negócio, gerar vantagem competitiva e reconquistar clientes = 224 lojas físicas + 4 mil colaboradores apaixonados por música.
  • Implantação de microsites na Internet para cada loja, com conteúdo mantido por cada loja e seus gerentes com autonomia para criar ofertas e fazer promoção de produtos.

o O modelo levou 14 meses para ser construído e foi lançado em 23/11/2011, dois dias antes da Black Friday.

o   Até agora já tiveram 13 mil e-mails de clientes, dos quais 90% geraram alto potencial de vendas.

o   O payback do investimento realizado neste modelo é esperado para ser alcançado em 9 meses.

Show né? Obviamente que o case precisa ser aprofundado e os resultados acompanhados com mais detalhes, mas a inicitiva é muito interessante.

Nessa hot news estamos falando somente das palestras. As visitas nos proporcionam experiências fantásticas sem contar nossos momentos como consumidores, despidos da “aura” do consultor… NY com frio, com sol… é sempre NY! Amanhã tem a nossa última hot news da série, já que hoje é o último dia do evento. Confira!

Não nos cansamos de repetir: “O varejo vai mudar nos próximos 5 anos muito mais do que mudou nos últimos 50 anos.” Paco Underhill

 Um forte abraço e nos vemos no pós NRF.

Adir Ribeiro, Mauricio Galhardo e Luis Gustavo Imperatore

(*)Stakeholder: pessoa ou grupo que possui ações de uma empresa, ou pessoa ou grupo que não possui ações da empresa mas que são afetados por ela ou tem algum tipo de interesse em suas atividades, tais como seus colaboradores diretos, seus clientes, fornecedores, a comunidade local, entre outros.

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