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Autores da Praxis Education comentam a NRF 2012

Começou nesta semana, em Nova York (EUA), a NRF 2012 (National Retail Federation), maior evento anual focado no universo do Varejo. Entre as 30 mil pessoas presentes no encontro estão muitos brasileiros, empreendedores de todos os tipos, que integram a maior e mais qualificada delegação internacional.

A NRF 2012 conta como a presença de palestrantes de destaque, como Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, Peter Sheaham (ChangeLabs), Ira Kalish  (Deloitte Research), entre outros.

A Praxis Education consultoria especializada no universo de Franquias tem na NRF a presença dos sócios Adir Ribeiro, Mauricio Galhardo, Luis Gustavo Imperatore, autores do livro Gestão Estratégica do Franchising, lançado pela DVS Editora.

Eles apresentam aqui um resumo do que foi o segundo dia do evento.

Aproveite! São ensinamentos valiosos.

Segundo dia NRF 2012!

Abrimos nossa Hot News  desta terça-feira dia 17 de abril, com um super resumo das notícias dos dois primeiros dias da NRF 2012.

Uma das palestras muito esperadas foi a do Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, que nos mostrou a importância de um grande homem e o que pode ser feito ao planeta, uma verdadeira aula de cidadania e humanidade, reforçando que todos nós somos responsáveis por gerar melhor qualidade de vida e prosperidade de maneira geral.

Abaixo alguns highlights da apresentação:

  • Bill Clinton apresentou uma visão do mundo atual e dos desafios que a humanidade precisa enfrentar pra garantir um futuro sustentável para as demais gerações. Se declarou otimista com o futuro, mas sem diminuir as dificuldades que o mundo terá que enfrentar.
  • Reforçou que o problema é que o mundo de hoje é…
    • Econômica e financeiramente instável
    • Econômica e socialmente desigual
    • Insustentável em termos de energia, mudanças climáticas, etc.
  • Entre os países emergentes falou do Brasil destacando como exemplo de país que está lidando bem com a questão ambiental, a energia limpa, o etanol, a redução do desmatamento da Amazônia. Que obviamente ainda existe muito trabalho pela frente, mas transmitiu uma perspectiva positiva do país além de dizer que é um dos lugares mais interessantes do mundo.

Para nós fica a responsabilidade de pensar nos impactos do negócio frente à sociedade, a economia e ao meio ambiente. Sempre!

Provocações trazidas pela feira para você ir pensando…

O consumidor não se importa com o canal que sua empresa utiliza, ele quer soluções para os problemas dele. Novamente o tema sob a perspectiva do consumidor como o centro, recorrente em várias palestras e demonstrando a nós brasileiros o caminho que ainda temos pela frente.

Fidelizacão dos clientes – case da Macy’s onde 70% dos americanos vão às lojas deles, ou seja, eles não precisam vender para novos clientes e sim vender mais para os clientes que já frequentam suas lojas. Por isso, desenvolveram diversas estratégias de fidelização dos consumidores, por meio do tripé: Canal, Gente e Vendas. Fica a pergunta: Seus clientes são fiéis? Como está a experiência de marca proporcionada pela sua empresa?

Neuromarketing: nós brasileiros temos muitas oportunidades de evolução nesse sentido em nosso país, ou seja, devemos nos apoiar mais em entender como funciona o cérebro dos consumidores para poder ter processos de comunicação  mais efetivos.

Frases e reflexões capturadas nesta NRF:

  • “Sempre trate as críticas que receber com seriedade e as pessoas que te criticam com gentileza – e não o contrário.”
  • “Em tudo o que fizer na vida, nunca desista até que chegue ao final.” (“Don’t quit until it’s over.”)
  •  “Decisões autônomas para cada uma das conexões de uma rede podem ser fatais para a cadeia como um todo.”
  • “Clientes não buscam por canais e sim por soluções para suas necessidades.”

Muito boa a palestra Creative Strategies for turning challenge into opportunity com Peter Sheaham – ChangeLabs

  • O futuro é imprevisível, não importa quanta informação você tenha.
  • Ao formular estratégias para o negócio, é preciso checar as premissas que estão sustentando o caminho a ser seguido. Partindo-se de premissas erradas pode-se acreditar em qualquer coisa e aumentar o risco do negócio ser mal-sucedido.
  • Nem toda inovação leva a vantagens ou ganhos.
  • A inovação não está somente nos produtos. A principal inovação está na forma de se fazer negócios, a qual ocorre na gestão e não necessariamente nos produtos.
  • Os maiores exemplos de inovação nos últimos anos são a Apple e o Google. Mas o que os levou a serem empresas tão bem-sucedidas não foram seus produtos em si, e sim seus modelos de negócio:
  • Citou o case do McDonald’s, que ao começar a perder mercado para redes como o Subway, que oferece cardápio mais saudável, lançou saladas em suas lanchonetes, e logo no primeiro mês conseguiu atrair de volta um número significativo de clientes que não frequentavam mais suas lojas por mais de 12 meses. E a surpresa é que praticamente nenhum destes “novos” clientes realmente comprou ou passou a comprar saladas… Somente aumentou a venda dos produtos tradicionais, enquanto as saladas em si tiveram desempenho fraco.
  • Apple: concentra  a distribuição de aplicativos e conteúdos no iTunes e na Apple Store (acessada online a partir dos produtos Apple) e se remunera por tudo o que é vendido nestas plataformas.
  • Google: distribuição gratuita de informação e de aplicativos para o público usuário final e cobrança dos anunciantes que querem aparecer ou ter acesso a esse público.

O Varejo 3.0 foi apresentado pela Deloitte como uma evolução natural da loja conectada em seus consumidores, onde não se deve discutir mais se uma empresa terá loja física ou na internet e sim ambas, como já sabíamos de certa maneira,  mas o ponto de venda se torna cada vez mais o ponto de relacionamento e pesquisa apresentada feita com vários executivos reforçam a importância do PDV.

O gráfico sobre a participação do e-commerce como canal de vendas aumenta ano a ano e no domingo assistimos uma palestra sobre o e-commerce na China.  Na palestra foram apresentadas:

  • Características do mercado, do comportamento e preferências dos chineses, do cenário das legislações, o tamanho impressionante de qualquer coisa por lá e dos esforços do governo pra converter uma economia orientada pela oferta para uma economia e mercado orientados pela demanda, e o e-commerce terá papel importante neste sentido.
  • Os chineses são obcecados por marcas, e gostam de ostentar o que têm (“wear your wealth” = ao pé da letra é algo como: usar sua riqueza/mostrar/ostentar).
  • Não há redes nacionais de distribuição. Os 20 maiores varejistas chineses cobrem apenas 8,4% do mercado.
  • Apenas 15% da população tem cartões de crédito.
  • A maior rede social online do país tem 300 MI de usuários (a China não tem Facebook – a internet no país tem um firewall que bloqueia sites externos não autorizados pelo governo…).

Alguns números impressionaram

  • Estimativa do e-commerce movimentar US$159 BI em 2016 (no Brasil será US$22 BI)
  • 20 cidades com mais de 10 MI de hab, 600 cidades com mais de 1 MI de hab

Um insight valioso na Palestra Ira Kalish da Deloitte Research

“Para permanecer competitivo é preciso sair da corrida por preço, investir na qualidade do atendimento e serviço para não sofrer as consequências da comoditização.” Tem um olhar importante em muitos setores no Brasil para aplicar esse ponto de vista.

Cases diferentes que nos colocam para pensar:

  • One King’s Lane
    • Produtos para casa (cama, mesa, banho, decoração e acessórios).
    • Somente membros cadastrados têm acesso.
    • Preços até 75% abaixo dos preços normais de varejo.
    • Cria um efeito “black friday” todos os dias.
    • Mesmo se tratando de produtos para casa, que têm ciclo de recompra mais longo, tem conseguido fazer com que os clientes comprem com frequência, com ticket-médio de US$200.
  • Rent The Runway
    • Aluguel de vestidos e roupas de alta costura e de marcas famosas para ocasiões especiais, como casamentos e festas, a preços acessíveis para mulheres de renda média e que não poderiam comprar estas roupas ou se endividariam no cartão de crédito, oferecendo a oportunidade para mulheres viverem “um dia de cinderela”. O negócio está dando muito certo nos EUA.

Você imagina que negócios como esses poderiam dar certo no Brasil? Provavelmente sim! Vale estudar o mercado.

E fechando com chave de ouro esses nossos 2 primeiros dias da NRF:

A Capacitação de Pessoas no Varejo – em todas as apresentações foi citada a importância da capacitação, inclusive sobre a possibilidade de criar embaixadores da marca entre os próprios funcionários  para gerar a melhor experiência de consumo para os clientes.

Cuide da sua rede! Segue uma foto do grupo organizado pela ABF do qual temos a honra de participar. Vamos continuar postando notícias. Acompanhe!

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