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Valores, integridade e confiança guiam empresas na Era do Comportamento

O especialista em ética corporativa, Dov Seidman, fala sobre como as companhias devem agir em um mundo interconectado e interdependente

 

Nos próximos cinco anos, valores, integridade e confiança serão prioridades dentro das empresas – até mais do que a busca pela qualidade de produtos e serviços. “Isso vai ser demonstrado de forma concreta e científica”, prevê o consultor e especialista em ética corporativa Dov Seidman, palestrante que abordou o tema Liderança na Era do Comportamento e da Transparência – Como Obter Vantagem Competitiva por meio de Valores Sustentáveis, da HSM ExpoManagement 2011.

Via HSM

*Dov Seidman é o autor do livroCOMO, lançado pela DVS Editora.

Considerado pela revista Fortune o consultor de maior sucesso no circuito da virtude corporativa, Seidman explicou que o comportamento e os valores autossustentáveis devem resultar em uma cultura de inovação e crescimento dentro das empresas.

Um novo jeito de pensar e de agir é a proposta do consultor, já que vivemos hoje num mundo mais interconectado e interdependente.

Para Seidman, antigos conceitos não trazem mais eficiência às empresas. “Eu estava num voo da Southwest Airlines para Las Vegas e a aeromoça disse com paixão e energia: -‘Quem colocar o cinto de segurança cruzado terá sorte no jogo’. Todos se motivaram a fazê-lo e o avião decolou seis minutos antes que seus concorrentes.

Essa comissária não recebeu nenhum pagamento adicional para agir assim. Ela apenas transmitiu os valores da companhia: pontualidade, diversão e segurança por meio de seu comportamento”, contou.
Seidman disse que a cultura inspiradora em valores aumenta o crescimento e a inovação dentro das empresas, mas isso ainda é uma realidade para poucos. Hoje sete entre dez funcionários não estão envolvidos e apaixonados pelo seu trabalho.

“Eles não estão engajados para contribuir com criatividade”, disse e é preciso ter paixão porque além de interconectados somos interdependentes. Hoje um vendedor de rua pode espalhar a Primavera Árabe no Oriente Médio. “Nunca um indivíduo teve tanto poder para ser uma força pró ou contra sua empresa”, afirmou.

Comportamento em ação

Segundo Seidman, vivemos na era do comportamento e as empresas precisam colocá-lo em ação. Elas devem pensar menos em ‘quanto’ e mais em ‘como’.

Ao todo, ele cita quatro tipos de companhias:
A que vive na anarquia,
A que segue a obediência cega (hierarquia rígida),
A que tem aquiescência assumida (liderança e controle com recompensas e penalidades)
A que adota a autogovernança (baseada em valores autossustentáveis).

Seidman alerta, ainda, para as características das empresas no mercado americano: de 5.122 empresas pequenas e grandes nos Estados Unidos, apenas 3% têm autogovernança, 54% vivem a aquiescência assumida e 43%, a obediência cega.

“Gostaria que vocês pensassem que ‘como’ não é a pergunta. É a resposta. Recompense os funcionários não por ‘quanto’ eles realizaram, mas por ‘como’. A vantagem competitiva está no comportamento de criar confiança para operar e liderar”, concluiu.

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