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4 perfis destrutivos ao empreendedorismo

Por: Gustavo Chierighini, publisher da Plataforma Brasil Editorial e membro dos conselhos editoriais da  DVS Editora e da Revista Criática.

Todos sabemos sobre a importância das pessoas para qualquer empreendimento ou projeto dignos de serem chamados assim, sabemos também no quanto o mundo corporativo idealiza padrões de comportamento que nada tem haver com seres humanos de carne e osso. Conhecemos também os rótulos que insistem em tornar excessivamente simples, algo complexo como a psicologia humana de um profissional.

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Mas neste texto quero fugir de tudo isso, de todo o bobajal corporativo com seus modismos inúteis, e também da perda de tempo em acreditar na existência do profissional perfeito, que só existe nas ficções, filmes e em algumas palestras.

Aqui quero tratar de gente normal e seus respectivos perfis, todos absolutamente reais e fáceis de encontrar no dia-a-dia, mas que devem ser evitados.

Vamos lá:

Perfil 1 – Desonesto Bandidinho

Ele pensa que é muito esperto. Na verdade tem certeza absoluta de que é o mais esperto da empresa. Ele não trabalha, mas faz constantes jogos de performance para provar a necessidade da manutenção do seu emprego. Não só não trabalha com aplicação, mas também não toma decisões, da mesma forma que é desleal com colegas, subordinados e superiores. Ele tem verdadeira adoração pelas iniciativas antiéticas e a dissimulação é o seu modelo operacional cotidiano favorito, repleto de frases feitas e embromação.

 

Perfil 2 – Alpinista Corporativo

Primo irmão do Desonesto Bandidinho, sua conduta não chega a ser desonesta, mas costumeiramente induz seus contratantes ao erro, uma vez que visa única e exclusivamente a sua ascensão profissional, que em sua ótica se traduz em uma baia melhor, em símbolos corporativos fúteis de status concedidos por seus chefes, ou mesmo no convite cedido pela empresa para participar da palestra de algum guru qualquer. No lugar de buscar realização e reconhecimento legítimo acompanhado de crescimento profissional sólido e recompensa financeira, ele busca apenas a superficialidade, pois em sua ótica estreita, parecer ser é melhor do que ser efetivamente. As características mais latentes para identifica-lo são a bajulação insistente de superiores hierárquicos e a sua própria instabilidade, uma vez que raramente fica mais de um ano e meio em cada emprego.

 

Perfil 3 – Enrolador Convicto

Esse, ao menos, não tem nenhum parentesco com o Desonesto Bandidinho, atuando com convicção e lutando para preservar sua condição embromatória. A sua falta de energia produtiva acompanhada de total insegurança para tomar decisões e assumir riscos, acaba por forjar um comportamento dissimulador constante, que objetiva confundir o interlocutor ao longo dos processos de trabalho. Ele é geralmente bem

humorado, sua apresentação pessoal é impecável e sorri com facilidade, sempre desarmando as constantes cobranças de seus pares, subalternos e superiores. Ao contrário do Alpinista Corporativo, costuma trabalhar na mesma empresa e na mesma função por longos períodos de tempo.

 

Perfil 4 – Bravo Impaciente

Entre estes estão as vítimas do loucura corporativa produzida em alguns ambientes de trabalho. Por conta disso, muitas vezes são vítimas do próprio sistema. Entretanto há os que envergam esse perfil com orgulho e satisfação, na falsa crença de que desta forma serão mais respeitados e ouvidos. Com o tempo são gradativamente deixados de lado, transformando-se de profissionais reconhecidos em problemas a serem resolvidos.

 

Por fim desejo que sejam cuidadosos na contratação, sem cair na ilusão dos perfis perfeitos e irreais, mas ao mesmo tempo evitando transforma sua empresa em um manicômio.

Boa sorte, e boas escolhas.