Dando espaço para uma breve análise de contexto, lembremos: primeiro – a inovação é atualmente o fator que diferencia as empresas e garante maior permanência de um produto no mercado, principalmente quando se trata de tecnologia da informação; segundo – essa inovação precisa ser constante, já que o ciclo de vida de mercado de um produto é cada vez menor; terceiro – sempre é preciso levar a sério os concorrentes.
A Apple, pelo jeito, conhece muito bem os dois primeiros pontos e corre atrás. O site Engadget informa que a empresa deve lançar, já no meio deste ano, novas versões de seus produtos, com destaque para o Iphone 5, agora corrigindo as graves falhas de design que resultaram em problemas de sinal e conexão do modelo anterior.
Porém, falta à marca o terceiro ponto, que diz respeito a mais seriedade de seus diretores em relação aos concorrentes. Seu célebre e renomado CEO, Steve Jobs, continua fora de combate, sob licença médica. Enquanto isso, o chefe de operações em exercício, Tim Cook, declarou que “não se preocupa” com os tablets da concorrência, e tachou os aparelhos com o sistema operacional Android de “bizarros”, fato que gera uma consequência: os acionistas da empresa aguardam o retorno de Steve Jobs ansiosamente.
Por que a maioria das empresas sente tanta dificuldade em reinventar suas práticas de modo a conseguir um ganho de produtividade? Segundo Judy Estrin, autora do livroEstreitando a Lacuna da Inovação, isso se dá porque boa parte dos dirigentes não consegue ver que “a inovação não se resume a uma frase de efeito”.
Judy Estrin dá a resposta para dilemas muito comuns em meio ao cotidiano dos setores empresarial, educacional e governamental, tais como: os inovadores já nascem prontos ou são treinados? A inovação pode ser imposta ou tem que ser cultivada? O que de fato impulsiona a mudança produtiva?
De acordo com Estrin, a inovação é estimulada por um conjunto de princípios fundamentais que interagem equilibradamente: questionamento, disposição ao risco, abertura, paciência e confiança. Agrupados, esses valores determinam a capacidade de um indivíduo, organização ou nação para mudar. Trata-se do que a autora chama de “ecossistema de inovação”.