Por: Gustavo Chierighini, publisher da Plataforma Brasil Editorial e membro dos conselhos editoriais da DVS Editora e da Revista Criática.
Meus caros, já abordamos nos nossos textos a importância e a complexidade envolvida na escolha e construção de uma sociedade. Em meio a riscos naturais do processo e o êxito nas boas escolhas, uma certeza: é impossível crescer sozinho e os sócios são fundamentais.
Desta forma, o tema que abordamos hoje está mais ligado na manutenção do modelo societário no que necessariamente na sua estruturação. Sim, você pode trazer o melhor parceiro, e dentro das mais transparentes e pacificadas condições, mas nada sobreviverá se uma conduta construtiva não estiver presente no dia a dia de trabalho, ou se cuidados especiais para gerenciar as diferenças (quase sempre muito bem vindas) não forem adotados.
Sabemos que neste campo há sempre muito o que se fazer, e no fundo, todos os “sócios” sabem bem como proceder para garantir uma parceria profissional saudável, então para contribuir com o processo (talvez de forma ainda mais objetiva), hoje navegaremos pelo caminho inverso, apresentando tudo aquilo que não se deve fazer.
Vamos lá:
01. Deixar a vaidade dar o tom do relacionamento societário. Por mais natural que seja a vaidade entre humanos, não condicioná-la a um patamar razoável pode ser muito destrutivo;
02. Não atuar com transparência e clareza do que diz respeito as suas atividades e/ou informações apuradas ou controladas que sejam inerentes ao seu escopo de atividades. Uma sociedade se constrói pelo compartilhamento constante;
03. Exercer uma atitude excessivamente controladora e asfixiante. É o tipo de atitude , que geralmente movida por pura insegurança, resulta no estrangulamento das melhores relações profissionais;
04. Alimentar a concepção de que a sua maneira de ser e de agir são as mais corretas e de que nada que seja alheio ou diferente disso possa funcionar. Você pode perfeitamente ter total confiança no seu próprio modelo de conduta, mas assumir que este seja o único viável pode ser um erro fatal.
05. Não trabalhar com escopos definidos de responsabilidade e apostar na crença de que o caos constrói. O problema aqui é que o caos, geralmente, só produz o próprio caos.
06. Não praticar o diálogo constante para tratar as diferenças. Pode até tomar um certo tempo, e pode também consumir muito da sua escassa paciência, mas tenha a certeza de que problemas escondidos para baixo do tapete, acabam por consumir muito mais tempo e energia do que se pode imaginar, e pior, de forma silenciosa e sem alarmes.
07. Discussões pesadas e desautorização pública diante dos outros colaboradores entre sócios. Poucas atitudes poderiam ser mais destrutivas (para sócios e para a equipe). Tratem as diferenças em conversas reservadas e dotados de frieza e muita paciência.
Por último, destaco que tudo o que recomendo realmente consome tempo e trabalho, mas experimente viver uma sociedade problemática e ai sim verá o que é tempo consumido e energia para solucionar complicações.
Boa sorte