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Dicas para ajudar na escolha da profissão

Dicas Escolha Carreira

Matéria originalmente publicada no Jornal de Judiaí, por Ellen Fernandes.


A definição do futuro profissional exige muita reflexão e é um momento de dúvidas e incertezas. Para auxiliar nesta fase da vida, a psicóloga Regina Silva, diretora do Gyraser, Centro de Treinamentos focado no desenvolvimento de potencialidade humana, afirma que o ideal seria que a pessoa tivesse a oportunidade de realizar um teste vocacional para definição do seu perfil profissional e psicológico, além de entender o que significa as áreas que foram indicadas para o seu perfil. “Assim, teria a possibilidade de se relacionar com a área escolhida de uma forma mais objetiva e não com fantasias que não se realizaram”, avalia.


Caso a pessoa não tenha condições de passar por uma avaliação vocacional, a dica de Regina é: “avalie as áreas de interesse e verifique o que cada uma possui de positivo e negativo na sua opinião e em seguida verifique com a qual se identifica mais”. Na hora de escolher a profissão, a psicóloga diz que é preciso identificar se a área trará alegria e orgulho a pessoa, se ela se sente feliz a imaginar-se atuando nela, se você sente orgulho de contar para as pessoas sobre o que você faz. “Defina o que esta área irá agregar para você e, principalmente, invista seu tempo, seus conhecimentos e motivação”, aconselha.

“Uma coisa é certa: é preciso levar em conta as demandas do mercado e as aptidões pessoais nessa escolha.”


Já o professor de pós-graduação e MBA da FAAP, palestrante e consultor interno, Cláudio Queiroz, que trata de assuntos relacionados a Recursos Humanos, Carreira, Marketing e Planejamento Estratégico, diz a pessoa deve levar em conta suas competências, talentos, crenças, valores, perfil psicológico, ou seja, precisa se conhecer para saber o que combina com seu estilo. “O passo número 1 é fazer um diagnóstico de si e em seguida estudar que ocupações tem relação com cada um”.

E será que existe algum segredo para a escolha profissional? Regina diz que é fundamental buscar algo que “faça o nossos olhos brilharem”. Algo que faça sentir orgulho de contar sobre o seu dia. E, principalmente, algo que realmente deseje fazer e não algo para se ganhar dinheiro somente”, completa a psicóloga.  Uma coisa é certa: é preciso levar em conta as demandas do mercado e as aptidões pessoais nessa escolha. “Esta conciliação é o passo importante, entretanto muita gente opta por fazer o curso de formação mais famoso na época e esquece de ver seus talentos (aptidões)”, diz Queiroz. No entanto, Regina ressalta que o indivíduo precisa também saber se o que o mercado está solicitando é viável ou não para ele. “

Na avaliação da psicóloga, tanto a orientação vocacional para quem ainda não possui uma carreira, quanto os testes de avaliação de carreira que possibilitam avaliar o perfil profissional e psicológico do profissional podem auxiliar a pessoa nessa escolha. “Isso pode ser feito direcionando as suas habilidades para áreas que poderão trazer mais realização e sucesso”, cita.


Experiência – Antes de decidir-se pela área que iria seguir, Gustavo Ungaro, bacharel e mestre em Direito pela USP, foi secretário da Casa Civil de Jundiaí e atualmente é Secretário Adjunto da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, diz que analisou bastante as opções, visitou faculdades, conversou com diversos profissionais, professores, familiares e amigos. Ele admite que sempre pensou em fazer Direito, mas tinha outras aptidões. “Minhas maiores notas eram em Exatas, gostava muito da natureza e de animais, desenhava com alguma destreza, acompanhava obras projetadas por meu pai (o engenheiro Fernando Ungaro)”, declara.


Como não havia um precursor na família, conta que o momento histórico também lhe influenciou como a constituinte em 88 e as eleições presidenciais em 89, após mais de 2 décadas sem votação direta para a Presidência da República. “O impeachment de Collor em 1992, com ampla mobilização dos estudantes nas ruas, chamados de caras-pintadas, devolveu à juventude o protagonismo dos tempos anteriores à ditadura militar, incentivando a opção por cursos politicamente engajados, como Direito, Jornalismo, Sociologia e outros”, declara, explica. 

ELLEN FERNANDES