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O básico sobre um BOOK PROPOSAL

Feito! Fait accomplis! Done!

Agora o meu livro está pronto mesmo (vejam na postagem anterior o que significa estar PRONTO), então, preciso escrever para editoras anunciando o meu feito e oferecendo o texto à publicação. É a hora de…

Neste artigo vou discorrer sobre o básico do básico: ESCREVER A CARTA DE APRESENTAÇÃO DA OBRA. Ou seja, o que os americanos chamam de BOOK PROPOSAL.

Esta ‘carta’ deve ter basicamente três partes e responder as seguintes perguntas:

  1. Do que se trata o livro?
  2. Em que mercado ele se enquadra?
  3. Por que você é gabaritado para escrever essa obra?

Além disso, no caso das obras ficcionais esteja preparado para apresentar a premissa do livro, o resumo de um parágrafo – provavelmente usado na carta de apresentação – e a sinopse.

Vamos começar a montar?

PARTE 1 – DO QUE SE TRATA O LIVRO

É interessante que você comece colocando as informações básicas como: o título do manuscrito, números de telefone e e-mail. Além disso, se você já tem um agente também deve colocar as informações de contato dele. Não se esqueça de que contato nunca é demais. Caso tenha outros livros publicados, pode listá-los.

Em seguida, coloque a premissa da sua obra. Ela deve mostrar a ideia principal do manuscrito e é bem pequena. Caso tenha dúvidas sobre o que é uma premissa, você pode consultar o primeiro volume do livro ‘5 Lições de Storytelling: fatos, ficção e fantasia’ ou o Book-in-a-Box: Preparação do Escritor e Revisão da Primeira Versão (ambos da Editora DVS).

O próximo item é um texto breve que dará uma visão geral sobre seu manuscrito. Ele pode ser similar a quarta capa do livro, ou seja, deve ser excitante, informativo e, principalmente, fazer alguém querer ler seu livro. Esse texto contará ao editor, de maneira sucinta, do que se trata o manuscrito, por que este é um projeto único e a qual mercado se destina. Procure trabalhar para que o texto tenha no máximo duas páginas.

Termine essa primeira parte dando outros detalhes sobre o manuscrito: quantas palavras tem o livro; o projeto terá fotos ou ilustrações; quem será responsável pela ilustração; etc.

 

PARTE 2 – EM QUE MERCADO O MANUSCRITO SE ENQUADRA

Entendemos que você é escritor, não profissional de marketing, também não esperamos que você solucione todos os problemas do livro, mas, nessa parte, avaliamos o interesse do escritor no mercado e se ele escreveu de forma consciente. Além disso, os argumentos aqui presentes poderão ser decisivos para que o editor opte por seu manuscrito em vez do da Mariazinha. Você perceberá que as informações que precisamos só poderão vir do próprio escritor, não tem nada a ver com um profissional qualificado. Qual o público-alvo do seu livro? É homem ou mulher? Qual a faixa etária? Você apostou em um nicho de mercado?

Qual o gênero? Existe algum programa de televisão cujo público é o mesmo do seu livro? Mais uma vez pense com cuidado. Não adianta dizer que seu livro é apelativo para todo mundo. Nenhum livro é.

Existem outros livros no mercado que abordam o mesmo tema que você? Por que seu livro pode ser considerado diferente dos concorrentes? Por favor, nunca diga que não existe outro livro como o seu. Dê uma espiadinha no tamanho do mercado, então, sempre existem concorrentes. É muito mais interessante você apresentar argumentos inteligentes do que usar o discurso: “MEU LIVRO É ÚNICO”.

 

PARTE 3 – POR QUE VOCÊ É GABARITADO PARA ESCREVER ESSA OBRA?

Essa parte é sobre você. Escreva seu currículo, diga por que você é qualificado para escrever a obra. Detalhe sua formação, mostre quais cursos na área de escrita você fez e o mais importante, detalhe sua plataforma. Mais uma vez repito: Não esperamos que você solucione todos os problemas do seu livro, mas é interessante o editor saber do que o autor que ele investirá é capaz.

Portanto, o que você fará para atingir seu público-alvo? O que já fez? Quais contatos já tem? Qual seu plano para ajudar no marketing do seu livro? É fato que autores que trabalham junto da editora têm muito mais chances de sucesso.

Nessa parte, sinta-se livre para dizer se você já deu entrevistas, palestras, se já participou de programas de rádio, televisão, se escreveu ou escreve para blogs e revistas – coloque o número de leitores –, se você já tem site e qual o tráfego. Desde que consistente, nessa parte vale tudo.

 

Por fim, acrescente dois capítulos iniciais que servirão como amostra do livro. Tenha certeza de que eles estão bem escritos e estruturados. A ideia é a perfeição. O editor avaliará tudo, se seu livro começou bem, a ideia, se a meta está sendo atingida e – claro! – a ortografia da obra.

Parece simples, mas se esta etapa não for cuidadosamente planejada, o seu livro poderá morrer na praia, isto é, na gaveta! E não foi para isso que você passou meses escrevendo, foi?

James McSill – Em um mercado em que menos que 5% dos bons textos conseguem sequer ser autopublicados, mais de 75% dos autores que procedem das consultorias de James McSill atingem a tão almejada publicação comercial. James trabalha em vários países com textos para literatura, teatro, cinema, TV e Storytelling Corporativo. | ©mcsill |  james@mcsill.com