Por Tim Hurson.
Eu costumo ajudar os clientes com o planejamento estratégico e vivo me espantando em ver como as pessoas conseguem complicar isso. Eles debatem sobre visão, missão, prioridades estratégicas, fins e objetivos, geralmente sem definir o significado desses termos. Daí isso começa a ficar realmente estranho quando termos como intenção estratégica, dinâmica integrativa, KPAs, Kras, Kris, e estrato-objetivo táticos começam a voar sobre a mesa de reunião, como discos de hóquei em um pré-aquecimento do jogo.
Há alguma obsessão por parte dessas pessoas em fazer dessas reuniões de estratégia algo tão confuso? Às vezes, eu acho que elas gravitam em direção à complexidade, porque quanto mais complexa a nossa visão, mais “heróicos” nós nos imaginamos ao enfrentá-la.
Há uma espécie de elefante que reina nessas reuniões de planejamento estratégico e que pode ser traduzido como o segredo que as empresas de consultoria não querem que você saiba. No caso, o fato que planejamento não tem que ser complicado. Na verdade, é realmente muito simples. Pode ser demorado e haver muito a se tratar, mas não deixe esses “vendedores” te enganar: planejamento útil é realmente muito básico.
Comece o seu plano estratégico com um conjunto de instruções simples que descreva o que você quer realizar. Aqui estão quatro objetivos que provavelmente se aplicam a uma vasta gama de empresas:
Queremos que as pessoas nos vejam como fornecedores de um produto de qualidade por um preço justo.
Nós queremos ser capazes de atrair capitais de investimento para aumentar o nosso negócio.
Queremos que nossos funcionários se sintam bem em trabalhar aqui.
Nós queremos realmente contribuir com as pessoas com que trabalhamos.
É não importa se você chama isso de objetivo, meta, visão, missão ou o que seja. Esses termos são simplesmente descrições de coisas que você quer.
Então, para cada afirmação é preciso questionar por que e como?
Por quê? Pois o por que tem o poder de tornar as coisas mais abstratas, o que leva a pensar em estratégias e propósitos.
Como? Pois o como torna as coisas mais concretas, o que leva a pensar em táticas e etapas da ação.
Por exemplo, perguntando: por que queremos que as pessoas nos vejam como fornecedores de qualidade a um preço justo? Porque queremos que elas comprem os nossos produtos. Continue a perguntar por que, e você vai chegar rapidamente a sua razão fundamental para estar no negócio – o seu propósito. Se você está feliz com essa finalidade, ótimo. Se não, então é a hora de repensar por que você está no neste negócio.
Em seguida, é hora de perguntar como. Para entrar no nível do mais tático. Uma possível resposta, para o como mostrar às pessoas que estamos oferecendo uma alta qualidade por um preço justo, é: nós entendemos as suas necessidades. E uma resposta para como fazer isso seria: construindo o melhor R&D (Research and Development – Pesquisa e Desenvolvimento) possível, e assim por diante. Como? Dizendo-lhe que eles têm de entender onde eles querem chegar.
Ao tentar a aproximação por quê?/Como?, você fará das coisas algo muito mais simples e útil do que jogar com um monte de termos do tipo MBA, dos quais ninguém concorda. Mas esteja alerta: você pode encontrar dificuldades em convencer alguns de seus colegas a desistir da complexidade e optar pela simplicidade. Afinal, ser um “herói” tem suas recompensas.
Leia o original em http://tenkaizen.blogspot.com/
Pense Melhor – Um guia pioneiro sobre o pensamento produtivo (o futuro de sua empresa depende disso… assim como o seu)
Obra escrita por Tim Hurson, sócio-criador da empresa de formação de capital intelectual thinkX (www.thinkxic.com) que oferece treinamento, assistência e consultoria a empresas internacionais sobre pensamento produtivo e inovação. O autor também é membro do corpo docente e do conselho de administração da Fundação de Educação Criativa, além de diretor-fundador da Facilitators Without Borders (FWB).