Segundo Robert J. Herbold , as mudanças na instituição são mais que necessárias.
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn(foto), classificou de ‘histórica’ a reestruturação aprovada ontem pelos ministros das Finanças do G-20 para ampliar o poder dos países emergentes dentro do organismo. A declaração consta em matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
‘Essa é a maior reforma já realizada na governança da instituição’, declarou Strauss-Kahn em entrevista, após o firmamento de um acordo que reflete as mudanças no cenário econômico mundial ocorridas desde a criação do FMI, em 1945, em especial o aumento da relevância dos países emergentes, que há anos pedem a reformulação na composição do comando da instituição.
A China será o emergente com maior peso no FMI e passará da sexta para a terceira posição entre os países com mais poder de voto, à frente de Alemanha, França e Inglaterra. A Índia ocupará a oitava posição, a Rússia, a nona, e o Brasil, a décima.
“A China será o emergente com maior peso no FMI”
Segundo, ex-COO da Microsoft, e autor do livro Seduzido pelo Sucesso (DVS Editora), Robert J. Herbold, as mudanças no FMI, além de históricas, são mais que necessárias, de modo que o organismo se alinhe à perspectiva de crescimento de alguns emergentes e à nova conjuntura econômica global.
Herbold afirma ainda que o FMI não pode entregar-se à mediocridade de achar que não precisa se atualizar.
“Infelizmente, há diversos exemplos de instituições muito bem-sucedidas que foram deixadas de lado e acabaram sendo levados pela mediocridade, pois seus administradores ficaram “congelados” nas práticas que acreditavam ser o segredo do seu sucesso. O orgulho referente às vitórias do passado os impediu de se manterem atualizados em relação às demandas do mercado. Ao manterem tudo inalterado, práticas e pensamentos herdados normalmente conduzem ao declínio da mesma.”
O Estado de S. Paulo informa que o realinhamento das forças dentro do FMI se dará por meio da transferência de 6% das quotas atualmente em mãos de países desenvolvidos para os emergentes. O tamanho da quota determina o peso do voto de cada país, além do tamanho de sua contribuição para o organismo multilateral. A reforma também modifica a composição das 24 cadeiras que compõem a diretoria da instituição, com a transferência de duas delas da Europa para emergentes.
Robert J. Herbold foi contratado por Bill Gates para ser COO da Microsoft Corporation. Durante os sete anos em que exerceu essa função, de 1994 a 2001, a Microsoft quadruplicou os seus rendimentos e os lucros aumentaram sete vezes. Antes da Microsoft, Herbold passou 26 anos na Procter & Gamble Company, e nos últimos cinco anos exerceu o cargo de vice-presidente sênior de marketing. Atualmente, Herbold é o diretor do Herbold Group, LLC. Ele também é executivo sênior na INSEAD, em Cingapura, um dos membros do Conselho de Ciência e Tecnologia do presidente Bush e diretor de diversos conselhos corporativos.