“Acredito que no futuro iremos ter mais material pertencente à comunidade corporativa”, disse o porta-voz do site “dedo-duro”, disse Kristinn Hrafnsson, nesta semana.
Falando num evento em Londres, Hrafnsson confirmou que o WikiLeaks possui material a respeito de um grande banco dos EUA, mas não o identificou.
Segundo o especialista em ética empresarial e autor do livro COMO (DVS Editora), Dov Seidman, a postura do WikiLeaks vem para reforçar a nova lógica presente do universo corporativo e que deveria servir de guia para as empresas: o importante não é mais o quê, mas o sim o como se faz, produz ou age.
O autor defende que hoje tudo vira commodity, de modo que o fator diferencial entre as empresas é justamente o modo como agem. “O comportamento agora é o ponto crítico”, coloca Seidman, defendendo que empresas éticas não têm o que temer, mas afirma que o mau comportamento não pode ser mais escondido e que o WikiLeaks é a prova disso.
“O mundo mudou”, defende o autor, “a popularização da tecnologia da informação tem feito do bom comportamento um fator de extrema importância porque se torna cada vez mais difícil esconder o mau comportamento. Em última análise, a única maneira de desfrutar de uma boa reputação é a ganhá-la vivendo com integridade. Nós não podemos controlar nossas histórias, mas podemos controlar a forma como vivemos nossas vidas.”