Obra da jornalista e roteirista, Kika Salvi, traz uma apaixonada e descarada especulação sobre sexo e amor em tempos de individualismo.
Ao contrário do que insinua o título, Kika Salvi usa o livro Mulher à Moda Antiga para lançar um olhar sobre a mulher atual e as formas que essa mesma atualidade proporciona nos seus modos de viver e sentir. Trata-se de uma abordagem multifacetada, a partir de um olhar cuidados, sobre a aventura existencial que os relacionamentos proporcionam.
Kika Salvi usa da crônica para mostrar como ela se sente uma “mulher à moda antiga” num mundo em que tudo é instantâneo, “de sopa a comunicação”.
“Penso que todos perdem muito nesse afã pela velocidade, pela pressa em estabelecer resultados e metas. Mas acho que as mulheres perdem mais, ou talvez eu perca muito, e fico incomodada de não ouvir da boca de outras mulheres reclamações iguais às minhas”, confessa a autora.
Em meio a essa loucura da contemporânea, kika reflete sobre relacionamentos, não só com amantes ou maridos, mas também com família e filhos, e se questiona sobre onde foi parar a calma e que fim deu o amor.
“Meu foco é buscar uma lógica do encontro, uma ordenação do caos emocional em que vive a minha geração. É, enfim, uma meticulosa, apaixonada e descarada especulação sobre o sexo e o amor em tempos de individualismo imperativo, bombardeio de informações (e de pessoas, que passam diante de nossos olhos em velocidade acelerada demais para poderem ser assimiladas) e solidão”, conclui.
Opinião de quem leu:
“Este livro é uma verdadeira “redenção”. Nas mulheres de sua geração e provavelmente nas próximas, provocará muita identificação, e sobretudo, a certeza de navegar no mar de aprendizados, perplexidade e surpresa que as relações nos reservam é muito mais interessante do que a chegada em qualquer porto, por mais seguro que este possa parecer.”
KIKA SALVI
Jornalista, escritora e roteirista, e hoje escreve para a revista Alfa. Iniciou sua carreira em 200, como editora na revista Meu Nenê. No mesmo ano, começou a atuar na revista VIP, na qual permaneceu até 2004.
Em seguida, iniciou a sua atuação na revista Playboy assinando a coluna Divã da Kika. Entre os anos de 2005 e 2006, foi colunista do portal AOL, onde escrevia sobre relacionamentos. Dentre uma série de projetos e roteiros para cinema, teatro, rádio e TV, destacou-se como autora da peça As Duas Cores da Incerteza e em 2004 lançou o livro Kika, A Estranha – Aventuras e Desventuras de uma Colunista de Sexo Descasada (Geração Editorial). Kika colaborou com as revistas Bravo!, Criativa e Viagem e Turismo.