Por: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial e membro do conselho editorial da DVS Editora.
Em tempos de concorrência acirrada e evolução tecnológica em alta velocidade, se permitir simplesmente acompanhar a maioria pode não ser tão vantajoso quanto parece. É claro que garante uma ilusória sensação de pertencimento, evita algumas discussões, e por pelo menos algum tempo pode blindar de conflitos que muitas vezes pagamos para não enfrentar. Mas seria esse um caminho seguro?
Muito bem, lamento informar mas a estrada do êxito e do reconhecimento traz lá os seus riscos, e um dos mais óbvios porém pouco comentado, se refere justamente a pensar por conta própria, pensar fora da caixa, e como resultado ter que enfrentar todas as complicações que aqueles que não seguem a manada encontram pela frente.
Evidentemente que as coisas são mais fáceis para quem têm um negócio próprio, ou quando se é o “dono” do projeto carregando consigo liberdade e autonomia para empenhar as próprias ideias, mas convido a pensarmos em uma equipe de colaboradores com algum nível de subordinação. Será que estes membros se sentem livres para cultivar um raciocínio crítico e eventualmente para o bem dos negócios expressar opiniões divergentes das de seus chefes?
Penso que nem sempre, mas sei também que soluções inovadoras, ideias revolucionárias e capacidade competitiva poucas vezes são gestadas por ambientes que pregam a filosofia do pensamento único. Por maior que seja a insistência propagada pelo “especialistas” em gestão sobre as vantagens de uma equipe livre para pensar e criar, poucas empresas vão além das retórica, assim como pouquíssimas empresas se destacam por meio da sua capacidade de criar e desbravar conceitos, tecnologias e revoluções de consumo.
Pensando nisso, destacamos abaixo uma lista de dicas que podem auxiliar na construção de uma cultura corporativa que cultive o risco da criação como valor econômico e competitivo:
Como construir uma equipe que pensa fora da caixa:
1. Antes de tudo, não se permita atuar como um chefe ou líder repressor, punindo iniciativas ou desprezando tentativas mal sucedidas;
2. Um bom controle geral de vaidades, ajuda muito a estimular uma boia equipe a pensar por conta própria;
3. Aprenda a lidar com os inevitáveis erros, e depois de assimilada essa lição, compartilhe ela com sue equipe;
4. Estruture o processo criativo, de forma a não dissociar das ideias o conceito mínimo de viabilidade, prazo e foco;
5. Monte um programa de incentivos premiando os responsáveis por ideias, projetos e inovações bem sucedidos. Neste caso em particular, por favor, presenteie em dinheiro;
6. Apoie a criação de uma cultura organizacional onde discussões acaloradas sejam encaradas como um processo normal de trabalho;
7. Contrate gente suficientemente autoconfiante para sustentar debates, argumentos e contra-argumentos com você, seus sócios ou quaisquer outros dirigentes;
8. Diante de qualquer processo de criação, deixe claro que existem metas para serem cumpridas.
Livros que incentivam a criatividade
Ser criativo é questão de exercício. Existem várias técnicas que podem ajudar você a desenvolver este lado. Além disso, uma ideia inovadora muito dificilmente ocorre ao acaso, é preciso buscá-la por meio da persistência. Veja aqui alguns livros sobre criatividade: