Meus caros, em meio a riscos naturais do processo e o êxito nas boas escolhas, há uma certeza: é impossível crescer sozinho e os sócios são fundamentais.
Desta forma, o tema que abordamos hoje está mais ligado na manutenção do modelo societário do que na sua estruturação. Sim, você pode trazer o melhor parceiro, e dentro das mais transparentes e pacificadas condições, mas nada sobreviverá sem uma conduta construtiva no dia a dia de trabalho, ou se cuidados especiais para gerenciar as diferenças (quase sempre muito bem vindas) não forem adotados.
Sabemos que neste campo há sempre muito o que se fazer, e no fundo, todos os “sócios” sabem bem como proceder para garantir uma parceria profissional saudável, então para contribuir com o processo (talvez de forma ainda mais objetiva), hoje navegaremos pelo caminho inverso, apresentando tudo aquilo que não se deve fazer.
Vamos lá:
- Deixar a vaidade dar o tom do relacionamento societário. Por mais natural que seja a vaidade entre humanos, não condicioná-la a um patamar razoável pode ser muito destrutivo;
- Não atuar com transparência no que diz respeito as suas atividades e/ou informações que sejam inerentes ao seu escopo de atividades. Uma sociedade se constrói pelo compartilhamento constante;
- Exercer uma atitude excessivamente controladora e asfixiante. É o tipo de conduta, que geralmente movida por pura insegurança, resulta no estrangulamento das relações profissionais;
- Alimentar a concepção de que a sua maneira de agir configura-se como a mais correta, e de que nada que seja alheio ou diferente disso possa funcionar. Você pode perfeitamente ter total confiança no seu próprio modelo de atuação, mas assumir que este seja o único viável pode ser um erro fatal.
- Não trabalhar com escopos definidos de responsabilidade e apostar na crença de que o caos constrói. O problema aqui é que o caos, geralmente, só produz o próprio caos.
- Não praticar o diálogo constante para tratar as diferenças. Pode até tomar um certo tempo, e pode também consumir muito da sua escassa paciência, mas tenha a certeza de que problemas escondidos embaixo do tapete, acabam por consumir muito mais tempo e energia do que se imagina.
- Discussões pesadas e desautorização pública diante dos outros colaboradores. Poucas atitudes poderiam ser mais destrutivas (para sócios e para a equipe). Tratem as diferenças em conversas reservadas, dotados de frieza e paciência.
Por último, destaco que tudo o que recomendo realmente consome tempo e trabalho, mas experimente viver uma sociedade problemática e ai sim verá o que é tempo e energia consumidos para solucionar complicações.
Boa sorte