Todo mundo gosta de falar sobre liberdade de escolher. Afinal esse é um dos princípios básicos sobre os quais a Nação brasileira está fundamentada. Mas quase sempre tendemos a achar que grande parte do que fazemos na vida nos é imposto. Isto é verdade?
Por Daniel C. Luz.
Nós temos escolhas, mais escolhas do que nos permitimos ver.
Podemos sentir-nos presos em nossos relacionamentos, nossos empregos, nossa vida. Podemos estar trancados em nossos comportamentos quando nos ouvimos dizendo: “Tenho que…”. “Tenho que comportar-me assim, pensar assim, sentir assim…”, podemos ter certeza de que estamos escolhendo não ver as escolhas!
A sensação de estarmos presos é uma ilusão. Não somos controlados por circunstâncias, por nosso passado, pelas expectativas não saudáveis para com nós mesmos. Podemos escolher o que é bom para nós, sem culpa. Nós temos opções.
→ Você precisa ir trabalhar, por exemplo? Basicamente, não! Você pode escolher ficar deitado na cama, fingir que está doente ou ir morar com alguém disposto a sustentá-lo. Você pode ganhar abaixo do mínimo para o desconto em folha, tentar enganar a Receita Federal, desistir da sua cidadania, ser preso, ou investir em aplicações isentas de impostos que durem até você morrer – depois disso, seus herdeiros pagarão os impostos.
→ Você precisa trabalhar até tarde da noite? Não exatamente!!! Você não tem que fazer isso. Muita gente se sente compelida a trabalhar até tarde. Mas, quem compreende o que seja autodeterminação positiva opta por fazer isso ocasionalmente porque percebe que tem compromissos que exigem que certas coisas importantes sejam feitas.
Na verdade, não há nada que precisemos fazer muito. Escolhemos fazer o que fazemos porque ganhamos com isso e é a melhor opção entre as alternativas. As pessoas que sentem que têm que fazer coisas em geral se privam de muitas opções e alternativas disponíveis, e perdem o controle de suas vidas nessa barganha. Mas quem está consciente de que possui poder de decisão – que exerce o controle sobre o que lhe acontece – pode escolher respostas mais eficazes para as mudanças e para o que a vida lhe oferece.
Os japoneses cultivam uma delicada e pequena árvore, tão pequena que sua altura não passa de uns poucos centímetros. Eles a chamam de bonsai.
Na Califórnia encontramos um bosque de árvores gigantes chamadas sequóias. Uma dessas gigantes foi batizada de “general Sherman”. Esta magnífica árvore, que atinge a surpreendente altura de 82m e sua circunferência é de 23,7m, é tão grande que seria possível produzir madeira suficiente para construir 35 casas de cinco dependências.
Houve um tempo em que o bonsai e o general Sherman mediam o mesmo. Quando eram sementes, cada uma pesava menos de 0,01 grama. Ao chegar à maturidade, a diferença em tamanho era considerável; e esta diferença nos ensina algo.
Quando a ponta da árvore bonsai rompeu a camada de terra, os japoneses a desenterraram e amarraram sua raiz principal e algumas das raízes de alimentação, o que conseqüentemente impediu seu crescimento. O resultado é uma miniatura, muito bonita é verdade, mas ainda assim, uma miniatura.
A semente do general Sherman caiu em uma terra rica da Califórnia e se alimentou de minerais, da chuva e da luz do sol. O resultado foi uma árvore gigantesca.
Tanto o bonsai quanto o general Sherman não puderam escolher seus destinos. Mas você sim!!! Pode ser tão grande ou tão pequeno como desejar ser. Pode ser um bonsai ou general Sherman.
Você escolhe!
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