Por: Gustavo Chierighini, publisher da Plataforma Brasil Editorial e membro dos conselhos editoriais da DVS Editora e da Revista Criática.
Caros leitores, sejam vocês empreendedores, executivos corporativos que empreendem dentro das empresas onde estejam lotados, ou mesmo profissionais de qualquer outro setor, e independentemente de qualquer rótulo, precisam concordar com este escriba que não há projeto, negócio, trabalho ou qualquer operação digna de ser qualificada de “competente”, “confiável” ou “eficiente” sem o decisivo impacto do “dedo” de gente competente e talentosa.
Nada que possa gerar algum valor econômico com o mínimo de relevância pode prescindir disso, e muito já se escreveu sobre como atrair, reter e formar gente talentosa, atividade que por si só também demanda grande capacidade (contrate um selecionador fraco e veja os resultados ao longo de alguns meses, caso queira questionar essa afirmativa). Contudo, pouco se fala das reações a determinadas circunstancias que podem no seu contexto denunciar os falsos talentos. Em resumo, vale a sentença “se está aguentando é porque há algo de errado”.
Então desta vez, listamos algumas situações que gente talentosa (de verdade) não tolera e não suporta por muito tempo. Podem aguentar por um período, alimentados na esperança de tentar provocar alguma mudança, mesmo que em um processo desgastante, mas jamais tolerariam por muito mais do que isso.
Assim, deixemos bem claro que profissionais de primeira linha não aceitam:
01. Remuneração abaixo da sua realidade de mercado, sem perspectivas concretíssimas – além de promessas vagas e jogadas ao vento – de participar de algo maior (exceção justa para aqueles que estão recomeçando depois de um tombo feio);
02. Assédios de qualquer ordem, que tragam agressão à dignidade;
03. Humilhações, desrespeito e destemperos por parte de superiores, sócios ou parceiros descontrolados e de dificílimo trato;
04. A ausência de perspectivas reais de crescimento econômico ou, no mínimo, de relevante aprendizado que por sua vez trará ganhos econômicos no futuro;
05. Se contentar apenas com o reconhecimento;
06. Incompetentes ou mesmo quem coloque “panos quentes” na incompetência alheia;
07. Sacrifícios recorrentes em troca de nada, apenas por lealdade, sem observar a justa recompensa no horizonte (desde que não seja apenas uma miragem, é óbvio);
08. Metas totalmente fora da realidade, e cujo (óbvio) não atingimento represente um atestado formal de incapacidade.
A lista poderia até ser mais extensa, mas se considerarmos isso, desrespeitaremos o universo das exceções que sempre precisam ser levadas a sério.
Até o próximo.