A intolerância é um dos maiores males que assola a existência humana. Ceder, aceitar a existência do outro e suas particularidades é um ato de inteligência. Já o contrário, é puro desperdício de tempo e de vida.
Por Daniel C. Luz
Não tente mudar outras pessoas. Isso não funciona. Você irá desperdiçar sua vida tentando.
Uma de minhas histórias favoritas tem a ver com um casal de idosos que visitava os netos. Toda tarde o avô deitava-se para tirar uma soneca. Certo dia, em um momento de pura travessura, as crianças decidiram colocar um pouco de queijo no bigode dele. Logo depois, ele acordou franzindo o nariz:
– Ora, este quarto está cheirando mal – exclamou ao levantar-se para ir à cozinha.
Não ficou ali por muito tempo até chegar à conclusão de que a cozinha também estava com o mesmo cheiro. Decidiu sair para respirar ar fresco. Mas para sua grande surpresa o ar fresco de nada adiantou, e ele disse:
– O mundo inteiro está cheirando mal!
Essa é uma grande verdade. Quando temos “queijo” em nossas atitudes, o mundo todo cheira mal. Nós, como indivíduos, somos responsáveis por nossa visão de mundo. Nossa atitude e ação em relação à vida ajudam a determinar o que nos acontece.
“A felicidade que vem de nós mesmos é maior que aquela que obtemos do que nos cerca… O mundo em que o homem vive é moldado, principalmente, pelo modo como ele o vê”
Arthur Schopenhauer
Seria impossível estimar o número de empregos perdidos, de promoções não obtidas, de vendas não feitas e de casamentos destruídos por causa de atitudes medíocres. Entretanto, quase todos os dias testemunhamos empregos conseguidos, mas odiados e casamentos tolerados, mas infelizes, tudo porque as pessoas esperam a mudança dos outros ou do mundo, em vez de perceber que são responsáveis por seu próprio comportamento.
Muitos de nós passamos tempo demais tentando mudar as pessoas de nossas vidas, quando deveríamos ser a mudança que desejamos ver nos outros.
Há um poema de autor não identificado que é uma grande lição sobre como ceder e mudar:
“Ceder não significa parar de me preocupar, significa que eu não posso resolver os problemas da outra pessoa.
Ceder não significa isolar-me, significa que não posso controlar a vida da outra pessoa.
Ceder não é tornar as coisas mais fáceis, mas extrair lições das conseqüências de nossos atos.
Ceder é admitir que tenho limitações, o que significa que o resultado final não depende de mim.
Ceder é não tentar modificar ou culpar outras pessoas; eu só posso modificar a mim mesmo.
Ceder não significa deixar de prestar assistência; significa continuar a demonstrar interesse.
Ceder não é jogar a culpa no outro, mas ter espírito de solidariedade.
Ceder não é julgar, mas admitir que a outra pessoa é um ser humano.
Ceder é não intrometer-se tentando resolver problemas alheios; é permitir que as pessoas encontrem as soluções por conta própria.
Ceder é deixar de ser protetor; é permitir que a outra pessoa enfrente a realidade.
Ceder não é rejeitar, mas aceitar.
Ceder não significa resmungar, censurar ou discutir, significa aceitar as próprias falhas e corrigi-las.
Ceder não significa adaptar tudo conforme meus desejos, mas aceitar cada dia como ele é e apreciar cada momento.
Ceder é não criticar nem controlar o outro, mas tentar me transformar na pessoa que eu gostaria de ser.
Ceder não é arrepender-se do passado, mas adquirir experiência e viver para o futuro.
Ceder é temer menos e amar mais.”
“Nunca subestime o seu poder de mudar a si mesmo e nunca superestime o seu poder de mudar os outros”
H. Jackson Brown
Viver é como receber uma por uma as peças de um mosaico ou de um quebra-cabeça. O mosaico é a “realidade”. Não vem todo de uma vez em uma caixa com uma bela embalagem. Vem peça por peça em pacotes onde está escrito “dias”.
Cada dia traz novas peças. Cada nova peça dá sua própria contribuição de um entendimento mais profundo ao quadro completo da realidade.
Juntamos as peças de formas diferentes porque cada um de nós percebe a realidade à sua maneira. As qualidades mais necessárias para a construção de uma visão adequada e exata são abertura e flexibilidade. A armadilha a ser evitada é a rigidez.
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