O momento é bom para empreendedores da área de tecnologia. Apesar da crise, a previsão é que o setor cresça 8,8% este ano, parte disso em decorrência do Plano Brasil Maior, que entre as meddias adotadas, reduziu os gastos com a folha de pagamento de 2,5% para 2%. Isso pode significar ganho de R$1 bilhão, segundo dados da consultoria IDC.
No entanto, apesar do aquecimento do mercado, há outros fatores que causam insatisfação dos profissionais da área. De acordo com pesquisa do Datafolha realizada em março no estado de São Paulo, 43% de quem atua no setor não está contente com as políticas de cargos e salários praticadas pelas empresas. Além disso, a falta de reconhecimento profissional assola 39% dos profissionais.
O salário não é um problema
Com o crescimento da área, as queixas com salário acabaram perdendo destaque entre as mais recorrentes. Apenas 21% demonstram insatisfação em relação às condições de trabalho, benefícios e remuneração. Ou seja, é a vez das empresas remodelarem suas políticas internas para conquistar seus funcionários impedindo que “talentos” busquem oportunidades mais satisfatórias em outras companhias.
Caso nenhuma medida seja tomada por parte das organizações, existe um risco evidente de serem forçadas a atuar com déficit de mão de obra qualificada. Claro que cabe ao governo promover ações expanda a formação profissional em todos os setores – o que traria resultados em prazo mais elevado que as medidas econômicas adotadas no Programa Brasil Maior, mas são essenciais para o futuro.
Como preservar o funcionário na empresa?
Os próprios profissionais dão a desposta a essa pergunta. 76% dos entrevistados na pesquisa do Datafolha apontam a participação nos Lucros e Resultados (PLR) como o benefício mais importante. De certo modo, isso mostra que há o desejo de ser recompensado pelos resultados obtidos, até mais que a necessidade de um real aumento de salário, mencionado por 70% dos participantes.
Leituras recomendadas
Empresários e profissionais devem ter em mente que um bom acordo é imprescindível para o crescimento do negócio. Ambos devem ser abertos para discutir as alternativas e negociar os ganhos de cada um. Para isso, sugerimos a leitura de alguns livros elucidadores em relação à administração e à carreira:
Seduzido pelo sucesso (Robert J. Herbold)
Obra mostra evitar 9 armadilhas recorrentes que já derrubaram ou provocaram danos relevantes em grandes empresas. São erros que diminuem o potencial do negócio e, consequentemente, a satisfação dos colaboradores.
As competências das pessoas (Cláudio Queiroz)
Este livro mostra como reconhecer as competências e o nível desenvolvimento em que se encontram. Se é necessário para a empresa reter talentos, é imprescindível saber observar qual o potencial de cada um deles. Ao mesmo tempo, profissionais que conhecerem bem seus atributos terão muito mais chance de crescimento no mercado de trabalho.
O elo da gestão de carreira (Cláudio Queiroz e Christiane Leite)
O Elo da Gestão de Carreira trabalha de modo a resolver um dilema ainda gritante dentro do universo de trabalho brasileiro: se, por um lado, o mundo corporativo carece de profissionais conscientes da responsabilidade na gestão de suas carreiras, as lideranças e as organizações também necessitam identificar a sua corresponsabilidade em prover condições adequadas para que os empregados potencializem seus talentos e competências.
Agora é pra valer! (Marcia Luz)
Em seu romance de autodesenvolvimento, algo até então inédito no Brasil, Marcia Luz conta a história de Lucio Queiroz, chefe acostumado a bater metas, mas que enfrenta crise pessoal e profissional em decorrência do modo autoritário como trata as pessoas. A obra é uma lição de liderança transformadora e pode inspirar mudanças positivas em quaisquer setores de uma organização.