O preconceito está em toda parte. Não existe uma Camelot cintilante para acabar com todos os preconceitos e evitar programação psicológica. A maioria das decisões humanas são tomadas pelas glândulas, não pelo cérebro. Mas algo em nós quer combater o preconceito, a programação, a lavagem cerebral. Detestamos os cordões umbilicais que nos amarram ao passado, destruindo nossa liberdade de escolha.
Por Daniel C. Luz
Dr. Martin Luther King Jr., o corajoso líder dos direitos civis da década de 1960, organizou marchas não violentas que abriram caminho para as manifestações em defesa da igualdade de direitos e da justiça. “Aprendemos a nadar no mar como os peixes e a voar nos céus como os pássaros”, escreveu ele certa ocasião, “mas não aprendemos, ainda, a arte de viver juntos como irmãos.”
“Preconceito é uma opinião caprichosa sem meios visíveis de confirmação.”
Ambrose Gwinett Bierce (1840-1914) Escritor e jornalista americano
Nossa visão é limitada: somos orientados para uma meta e nos pegamos ignorando um ao outro, sem dar ouvidos nem atenção ao próximo. É possível que cada um de nós esteja apegado a um preconceito: pode ser de raça, cor, sexo, preferência sexual, nacionalidade… Pode envolver crianças, animais, advogados, bispos, colegas de trabalho… Pense bem no que poderia acontecer se examinássemos nossos preconceitos e mudássemos de mentalidade.
Em lugar de nos ficarmos acomodados ou de perpetuarmos estereótipos, poderíamos ensinar a nós mesmos que existem outros modos de ver e de julgar o próximo e as situações que o envolvem. E a recompensa de tudo isso seria o próprio fato de conseguirmos enxergar algo de positivo numa situação ou pessoa que anteriormente havíamos julgado negativamente.
Você já notou que quando alguém não muda de idéia, é teimoso. Mas, quando você não muda de idéia, é firme e decidido.
Quando seu vizinho não gosta de um amigo seu, ele é preconceituoso. Mas, quando você não gosta do amigo dele, sabe julgar a natureza humana.
Quando ele tenta tratar alguém de um modo especial, está bajulando essa pessoa. Mas, quando você age do mesmo modo, está sendo atencioso.
Quando ele demora para fazer alguma coisa, é preguiçoso. Mas, quando você age do mesmo modo, é meticuloso.
Quando ele gasta muito dinheiro, é esbanjador. Mas, quando você exagera nos gastos, é generoso.
Quando ele encontra defeitos em alguma coisa, é crítico. Mas, quando você age do mesmo modo, é perspectivo.
Quando ele demonstra indulgência, você o chama de fraco. Mas, quando você age do mesmo modo, é gracioso.
Quando ele se veste bem, é extravagante. Mas, quando você usa boas roupas, tem bom gosto,
Quando ele diz o que pensa, é malvado. Mas, quando você age da mesma forma, está sendo honesto.
Quando ele assume grandes riscos, é imprudente. Mas, quando você age da mesma forma, é corajoso.
Não podemos deixar o preconceito tomar nossas decisões, influenciar nossos julgamentos e minar nossas amizades. Pense nisso!