Por: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial e membro do conselho editorial da DVS Editora.
Meu caro, você vem construindo o seu negócio e a sua carreira empreendedora com trabalho árduo, sacrifícios e efetividade. Nunca há tempo para perder, seu convívio social e familiar por vezes é prejudicado, e eventualmente até mesmo o sua saúde padece. Sim não é para qualquer um.
Porém, com o passar do tempo e depois de alguns êxitos, os resultados começam a aparecer tornando-se cada vez mais constantes e, finalmente, o seu projeto começa a ganhar corpo, demandar novos talentos e colaboradores. Em resumo você precisa de gente, capaz e comprometida. Afinal de contas, um negócio ainda não maduro (vale também para os maduros, mas a ineficiência dos recursos humanos em um empreendimento ainda pequeno, pode cobrar a sua própria sobrevivência) e bem administrado não pode negligenciar a importância de contar com um pessoal competente, dotado de iniciativa e senso de realização.
Contudo, nem sempre é o que acontece, e muita gente ruim pode se aproximar e atuar como parasitas, loucos para grudar em um foguete que tem tudo para subir, tentando usufruir dos resultados mas sem contribuir efetivamente com nada para isso. Pelo contrário, operam como pesos extras sem somar nada ou quase nada, mas aparentando um grande composto de qualidades a disposição. São os produtores de espuma.
Sendo assim, identifique-os o mais rápido possível e não ofereça uma segunda chance aos participantes.
Você localiza os sinais da produção de espuma quando:
1. A superficialidade tomam conta do dia a dia, fugindo do aprofundamento e da tensão natural de quem esta realmente preocupado em realizar alguma coisa útil ede valor;
2. As soluções apontadas sempre remetem aos cansativos modismos de gestão, de forma desconectada da realidade, e onde a retórica tomada de frases feitas e “lugares comum” tomam conta de discussões que deveriam ser profundas e com abordagem detalhada e realista;
3. Dúvidas e questionamentos não surgem quando temas complexos são colocados em cima das mesas de reunião e trabalho;
4. O apego a sinais de status corporativo assume uma importância superior ao desejo de reconhecimento pela realização por meio de remuneração financeira;
5. Discussões acaloradas não ocorrem e nenhuma tensão derivada do processo de concretização pode ser observada;
6. A valorização do “generalista” assume contornos patológicos pela incapacidade de reconhecer a importância do aprofundamento e do aparato de conhecimento técnico;
7. O conhecimento técnico é desvalorizado;
8. Perde-se tempo demais em demandas pessoais e seus impactos;
9. A vaidade excessiva passa a ser encarada como algo a ser cultivado e arma de relacionamento e posicionamento social no ambiente de trabalho.
Por fim, saiba que a lista é extensa, mas aqui já temos uma boa amostragem para facilitar a sua identificação.
Até o próximo.