A comunicação é algo inerente ao ser humano e seu convívio em sociedade. Desde os tempos mais remotos, a busca pela eficácia na comunicação é constante.
Quando analisamos o conjunto transmissor-mensagem-meio-receptor, logo percebemos que se trata de um processo complexo. As variáveis que influenciam o resultado da comunicação são várias.
Grandes comunicadores sempre tiveram a admiração do público em geral. A clareza do pensamento, a facilidade de expor ideias, a veia cômica frente a situações de tensão, são inúmeros fatores que levaram nomes como Silvio Santos, Assis Chateaubriand e Millôr Fernandes ao posto de grandes nomes da comunicação.
Se saber se comunicar é algo admirável, saber se comunicar com foco em resultados financeiros é necessário nos dias atuais. Mas o que é preciso para se tornar um especialista nisso? Quais competências são exigidas para se destacar num mundo dos negócios, onde todos podem se comunicar ao toque de uma tela?
“Quem não se comunica, se trumbica”, já dizia José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha. Aprender a se comunicar para vender nos dias atuais exige saber falar a língua do público conectado cada vez mais exigente.
É exatamente isso que o leitor poderá ter em mãos a partir de agora: um manual. Um guia de aprendizagem, voltado para todo profissional que quer desenvolver capacidades técnicas de comunicação voltada para os negócios.
O profissional de marketing Paulo Maccedo acaba de lançar seu novo livro “Copywriting”, cuja promessa é “ajudar você a aumentar seu poder de comunicação e desenvolver discursos altamente persuasivos e vendedores usando o método de escrita mais cobiçado do mercado americano”.
Paulo Maccedo propõe ao leitor dominar os conceitos “pela raiz, não pelos galhos”. Para isso, faz uso de estudos de caso de grandes nomes do marketing, da publicidade e propaganda, como David Ogilvy, Claude Hopkins e John Emory Powers. Os conceitos técnicos estão inseridos em meio aos exemplos, tornando a leitura leve e fluida.
O livro está dividido em 5 partes…
A primeira parte trata dos fundamentos que formarão a base de todos os ensinamentos. São casos, biografias e eventos que ajudarão o leitor a se encantar com o poder de um texto bem elaborado. Conceitos de marketing, publicidade e propaganda são explorados.
A segunda parte começa a dissecar cada conceito com exemplos práticos. São atividades que levam o leitor a “tirar o projeto do papel” e colher dados e informações para, a partir daí, traçar ações estratégicas. As vendas nunca saem do foco, sempre norteando o leitor a trabalhar com objetivos definidos.
A terceira parte trata exclusivamente do texto e da escrita. Provavelmente é a parte mais inspiradora e mais difícil de todo o trabalho. Requer do leitor a capacidade de agregar todos os conceitos adquiridos até então e elaborar um conteúdo que atinja o objetivo final. Se fosse um livro sobre culinária, aqui é o momento que o leitor vai para o fogão mostrar o que aprendeu.
A quarta parte é uma espécie de especialização sobre o assunto. Agora que o leitor já possui conceitos históricos de publicidade e propaganda, já conhece técnicas de vendas, já consegue definir seus clientes, que tal identificar conceitos de persuasão que podem ser usados no seu trabalho? Trata-se de uma agradável surpresa, pois se o leitor pensou que o assunto estava por encerrar, conceitos como “Gatilhos Mentais”, “Storytelling” e outras técnicas são apresentados, mostrando que existe uma infinidade de possibilidades quando o assunto é copywriting.
A última parte trata de contextos. São tratadas situações específicas e o modo de atuar em cada uma delas. É preciso agir de formas diferentes nos diversos meios que a comunicação digital nos oferece, portanto, a estratégia para gravar um vídeo de vendas é diferente da estratégia de enviar e-mails. O autor nos mostra o porquê.
Elaborar uma obra que contemple conceitos de marketing, vendas e comunicação não é tarefa das mais simples. Sempre existe o risco de tornar o livro muito técnico devido aos termos e conceitos próprios da área; ou fazer uma obra “superficial” ao tentar abordar os temas de modo “leve” e faltar com conteúdo técnico que dê embasamento ao assunto. E ainda existe a possibilidade (cruel) em que a obra final seja um livro “morno”, que não atende nem especialistas nem iniciantes.
Diante disso, podemos afirmar que Paulo Maccedo nos oferece um trabalho primoroso de pesquisa, experiências práticas e muita dedicação. Em tempos de buscas rápidas e informações esparsas e dispersas pela imensidão da internet, sinto imensa satisfação ao ver conceitos tão importantes condensados num livro.
Tenho absoluta certeza que o leitor brasileiro tem em mãos um grande presente. Um apanhado extremamente didático de conceitos e técnicas que, comprovadamente, trazem resultados concretos.
Que essa obra sirva de inspiração e base para os grandes comunicadores que ainda surgirão em nosso meio. As ferramentas para isso estão (literalmente) em suas mãos.
Por: Danilo Gomes Bezerra